Chá com biscoitos – Alfredo Luiz Suppia

A melhor defesa é o ataque em Earth vs. The Flying Saucers (1956)

Dirigido por Fred F. Sears (talvez mais conhecido por seu trabalho em westerns), Earth vs. The Flying Saucers (1956) abre com uma certa retórica documentária costumeira no cinema de ficção científica dos anos 1950, em que a “voz de Deus” contextualiza a fábula e define as regras do jogo.

Vivian e Vanessa – Rafael Monteiro

Vivian chegou em casa no meio da tarde e encontrou Vanessa chorando em sua cama. Elas moravam em uma cobertura na Avenida Atlântida, mobiliada luxuosamente. As paredes dos quartos eram pintadas de rosa, e havia espelhos por toda a parte.

A Criatura – Henry Alfred Bugalho

Os cientistas estavam orgulhosos de sua criação.

 

Durante anos, eles haviam se dedicado a projetar um robô que se assemelhasse o máximo possível a um ser humano: dar-lhe membros foi o mais fácil.

O hipnotizador – Gabriel Boz

A televisão da Terra sempre foi monitorada pelos Arcanianos, desde que a primeira transmissão foi efetuado. Eles decodificavam o sinal e retransmitiam dentro de sua programação normal, no canal 10897678, sob o título de “Curiosidades de um insignificante terceiro planeta Azul”. Para eles era fácil, gratuito, e a Terra ficava pertinho da retransmissora Marciana.

Cocôboros – Gabriel Bozano

Ao visitar o Museu de História Natural, deparou-se com as fezes fossilizadas de um dinossauro. Decidiu que não gostava de museus. Só mostravam porcarias sem vida. Resolveu construir uma máquina no tempo. Ao visitar o Jurássico, acabou devorado por um Tiranossauro Rex. Hoje, está exposto no Museu de História Natural.

(Publicado originalmente em 14/02/2008 )

Spaceba – Lúcio Manfredi

 

Depois de me deixar absorver o espanto proporcionado por sua velhice, o stáriets toma fôlego e aborda o assunto que provocou nosso encontro. Às dez horas GMT de ontem, ele diz, os homens da Malta invadiram um quartel da Zen Ai Kaigi e confiscaram uma tonelada de perrexil, cento e vinte oito rifles Mjölnir com mira neural e quatro pastilhas de treze ponto dezessete giga.

Ghost Writer – Lúcio Manfredi

Fiquei um tempo olhando pra cara do editor, sem acreditar. Desde quando essa organização existe? Eu perguntei. Ah, pouca coisa, uns duzentos anos. Era ali que estava o furo, pensei. Se vocês só existem há duzentos anos, como é que ficam os clássicos? Os gregos? A Bíblia, pelamor de Deus, como é que fica a Bíblia – pra não falar dos hindus.